Os mortos vivos
Diz-me o meu amigo: "Eh pá, que tétrico, só publicas textos de escritores mortos". "Mas mortos vivos", digo eu. É o que está a dar, não é?
A esse respeito. Em 2008, no foguetório pós-Prémio Camões, a Câmara de Fafe, então presidida pelo então socialista José Ribeiro, tantas voltas dá o mundo, prometeu "futuramente" uma rua ao nome de João Ubaldo Ribeiro e ao próprio, que teve a amabilidade e a imprudência de agradecer antecipadamente o rapapé a haver. Sinceramente, não sei se a autarquia fafense já cumpriu a promessa, passados estes anos todos, e Ubaldo entretanto morreu. Isto é, eu procurei a rua e não a encontrei. Cadê? Procurei rua, avenida, praça, praceta, alameda, travessa, viela, bairro, urbanização, rotunda, campo, jardim e até sala e auditório, mas nada! Melhor dizendo, encontrei realmente a Rua João Ubaldo Ribeiro, aliás duas ruas João Ubaldo Ribeiro, mas no Brasil, uma em Aracaju, capital do estado de Sergipe, e a outra no município de Uberlândia, interior de Minas Gerais, e talvez até haja mais, mas tão longe, do outro lado do Atlântico, com a confusão que vai nos nossos aeroportos, não me dão jeito nenhum. Estarei a procurar mal? Alguém me pode ajudar? A rua estará mesmo à minha frente, em Fafe, ao virar da esquina, e eu não a vejo?
Se houver quem saiba, que me diga, por favor. Às tantas, o "futuramente" do bom Dr. Ribeiro, que também é poeta, até já chegou e eu, por falta de comparência, é que ainda não dei fé...
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