sábado, 7 de junho de 2025

O avô sabia duas anedotas

Rio-me por tudo e por nada
Gosto das escorregadelas em casca de banana. É humor de casca-grossa. Mas prefiro os trambolhões em pele de cereja - piada fina. A vida é uma comédia, e há quem não saiba...

O meu avô da Bomba tinha a mania de contar anedotas e contava-as muito bem - pelo menos era o que ele achava. Eram duas. Contava-as sempre. Nem que não lhe pedissem que as contasse, nem que lhe pedissem que não as contasse. Ele contava-as, contra tudo e contra todos, abrilhantando casamentos, comunhões e baptizados de família - pelo menos era o que ele achava. Eram a anedota do cu português que, apesar do negrume da noite, acabou identificado pelos Carabineros na passagem a salto para Espanha, passemos à frente, e a anedota dos Bombeiros da Póvoa. Da Póvoa de Lanhoso, desta vez, para que nos situemos.
Contava o meu empolgado avô da Bomba que, em dia de festa de aniversário da prestimosa corporação lanhosense, o respectivo comandante fez o discurso que se segue: "Minhas senhoras e meus senhores, os Bombeiros da Póvoa são os melhores do mundo. Digo mais, os Bombeiros da Póvoa são os melhores da Europa. Os Bombeiros da Póvoa são os melhores da Península Ibéria. Os Bombeiros da Póvoa são até os melhores de Portugal. Os Bombeiros da Póvoa, minhas senhoras e meus senhores, excelência reverendíssima, são os melhores do Minho, os melhores do distrito de Braga. Que não haja dúvidas: os Bombeiros da Póvoa são aos melhores da Póvoa. Vivam os Bombeiros da Póvoa! Vivam e bem hajam! Tenho dito."
E pronto, era isto a anedota. Uma das duas anedotas do meu avô, a principal. Portanto, estais a ver o sucesso...

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